No tempo em que eu te amei No tempo em que eu te amei,
No tempo em que te amei,
No tempo em que te amei,
No tempo em que te amei,
No tempo em que eu te amei,
havia sede e fome.
Queria tua voz,
teu jeito estranho e tua loucura.
E por não saber que te amava,
lutava,
acreditando ser paixão
a coisa torta de te ligar,
te encontrar e te brigar,
resplandecer e te mimar,
fazendo-te canções,
corrigindo-te o ímpeto,
desesperadamente procurando a tua
boca
para o beijo pobre que,
mesmo o sendo,
minha boca ansiava.
transformei rotinas de tempos plantados,
confisquei mil quereres
e empobreci meu gesto
para melhor chegar a ti,
mesmo sabendo-te tão próxima
e tão inatingível.
eu estava errado.
Não havia bom senso
em te amar naquele momento e,
como sempre, como nunca,
mais uma vez desencontrado estava
eu,
te amando e desejando.
errei ao rejeitar o teu corpo
quando me foi ofertado por ti,
enlouquecida de vinhos,
amortecida de lógica
e trôpega de sentimentos.
já não havia estrelas.