Crônica mundi, n.147

          (carta a Lysias Enio)

Tento recomeçar minha prosopopéia idílico-literária nesta manhã de esperas.

Como sempre, hoje estou minúsculo sem parágrafos ou negritos.

O grito contido que guardo no peito, que episodicamente regurgito para o mundo em doses homeopaticamente definidas,
mantém constante o rebuliço e a ebulição em mim,

condições essas, necessárias para a manutenção satisfatória de um suprimento de loucura administrável.

Quero me desculpar, com toda humildade, pela explosão, o selfishment - longo monólogo desesperado em tom de coisa

séria, que captei de minha própria vida, dos acontecimentos que a cercam das emoções mais comuns e que
observo, no desespero inocente dos fenômenos incidentais.

Composição dramática.

Passados alguns momentos acho que está ridículo mas continuo, porque quase todas as emoções são ridículas e é bom
podermos ser ridículos e sermos respeitados por isso.

Imagine você que pretensão. Penso agora que não seria de todo impossível tomar dualid esta manhã e ficar imaginando
para onde viajam os nossos sonhos.

What else! Toda possibilidade e tangível e ninguém viaja por nós nossa viagem individual pelo universo inimaginável da
ilusão.

E o sonho seja como for, é.



Vito Cesar



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