Às avessas, os anversos das bulas(oh! Doutos remédios!), tão bem traduzidos,
Atrevido nas vestes,
Terei braços abertos, pulseiras de tudo,
A qualquer que passar na esquina, na linha de fogo,
Amanhã (qualquer um!)
Aparecerei, qualquer meio-dia desses, no meio da vida,
que tudo norteia.
De porre, de mala, de cuia às avessas,
cobrando promessas de coisas vividas.
Serão meu discurso, meu ludo, o meu comprimido.
trarei pendurilhos de tal colorido,
que as luzes de todos os sóis farão prismas e fachos.
trarei absurdos nas pontas da língua,
camisa de flores, sorriso néon,
na mão uma faca, na outra batons.
terei junto o ronco de farta trombeta,
terei modas, cantigas, odes e versos,
palavras sentidas, venenos por certo.
No corpo o incesto, na voz as mentiras,
no peito uma bala, aberta a ferida,
pingando um sangue de guerra esquecida.
Nesses de meio-dia,
estarei no meio da vida,
pedindo moedas...