Põe teu desejo na minha cara,
Tua navalha na minha carne,
Com a clareza da coisa cara,
Tua navalha na minha carne,
é pura sorte,
é tua sorte,
o teu torpor,
deixa a agonia ficar mais clara,
a noite acalma, a dor mais rara
não me consome,
não diz teu nome,
não tem frisson,
o meu céu arde,
como néon,
que te dá fome,
que grita e some,
que te engana,
mas dá calor...